quarta-feira, 20 de junho de 2012

Justiça concede habeas corpus a auxiliar do grupo de Cachoeira

O desembargador José Tourinho Neto, do Tribunal Reginal Federal da 1ª Região, concedeu  habeas corpus para Gleyb Ferreira da Cruz, apontado na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, como assessor do bicheiro Carlinhos Cachoeira e responsável por fazer pagamentos da organização criminosa a terceiros.
Gleyb, no entanto, continuará preso. Outro mandado de prisão contra ele, referente à Operação Saint-Michel, comandada pelo Ministério Público do DF, ainda está em vigência. O advogado de Gleyb, Douglas Dalto, informou que entrou com pedido de liberdade também no Tribunal de Justiça do DF, mas ainda não há decisão do tribunal. A Operação Saint-Michel é um desdobramento da Monte Carlo e investigou tentativa da organização criminosa de Cachoeira de fraudar licitação de bilhetagem do transporte público no DF.
O desembargador Tourinho Neto estendeu a Gleyb a decisão que, na semana passada, beneficiou  José Olímpio Queiroga Neto, também preso por envolvimento com o esquema do bicheiro. O próprio Tourinho Neto havia concedido, na semana passada, habeas corpus a Queiroga e, dois dias depois, a Carlinhos Cachoeira.O bicheiro, no entanto, continua preso porque tem outro mandado de prisão em vigor.
Na decisão de conceder o habeas corpus a Gleyb, o desembargador justifica que a prisão preventiva "não sendo mais imprescindível, deve ser revogada”. Tourinho Neto também argumenta que pesa contra Gleyb principalmente a acusação de exploração de jogos ilegais, o que não é crime, mas contravenção.
“O forte da denúncia contra o paciente é a contravenção (...) Veja-se que muitos setores da sociedade defendem a legalização dos jogos de azar, visto que a prática é largamente aceita pela sociedade em geral, ainda que seja ilegal”, afirma o desembargador na decisão.
Gleyb estava preso desde o dia 29 de fevereiro, mesma data da prisão de Cachoeira. De acordo com o inquérito da Operação Monte Carlo, que investigou quadrilha de Cachoeira e seus elos com o poder público e empresas, Gleyb efetuava pagamentos a terceiros em nome da organização criminosa.
De acordo com a determinação judicial, Gleyb terá que comparecer mensalmente à Justiça e não poderá ter contato com outros suspeitos investigados no processo.



Tainá Pekny Gomes nº 28

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